É a nossa presença que comunica.
Há momentos que a dor transborda e já não cabe dentro de nós. Não há mais espaço interno que sustente e nos coloca em sofrimento.
Não há refúgio fora. As distrações já não surtem os mesmos efeitos. Não há outro caminho a não ser parar e escutar o que grita dentro.
Insuportável.
Precisamos às vezes, de alguém que nos escute, que seja suporte para a dor que não conseguimos mais cuidar sozinhos.
Essa é a beleza que vejo na comunicação, a possibilidade do cuidado que habita no encontro.
O outro como sustentaDOR.
Não precisamos de mais palavras quando não há espaço para acomodá-las.
Precisamos da presença que suporta junto o que está vivo em nós. Do silêncio que abre caminho para ouvirmos nossa própria voz. Um silêncio acolherDOR.
Precisamos da presença que oferta espaço no coração, de calma e serenidade, para expandirmos nosso caos. Um espaço reorganizaDOR.
A presença viva, compassiva e amorosa que vai nos devolvendo, aos pouquinhos, para nós mesmos.
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