Vamos falar sobre Perdas e Lutos?
A vida é sobre ganhos e conquistas. Somos educados desde a infância a ganha, realizar, conquistar e ter sucesso. Mas a vida também é sobre perdas e não fomos educados da mesma maneira a lidar com elas.
Perdemos estrutura, emprego, oportunidade, relações, animais, pessoas. Assim, vivemos ao longo da vida as perdas simbólicas e concretas (por morte). Cada uma afetará de forma singular e será vivida de maneira única por nós.
A esse processo chamamos de Luto. Que é existencial, atemporal e intenciona caminhar para a ressignificação da relação com o que foi perdido. Essa experiência é multidimensional (físico, emocional, social, espiritual) e será expressada pela pessoa enlutada de forma muito particular, sem regras pré-definidas.
Por se tratar de um tema profundo e doloroso, essa expressão poderá acontecer com mais ou menos intensidade, em silêncio ou com manifestações visíveis, a depender muito do espaço que a pessoa enlutada encontra em si mesma e em seu entorno par lidar com essa situação.
O luto pede espaço interno e externo para existir. A falta se faz muito presente. A saudade por vezes é dilacerante. Chegam para revelar o quão precioso era aquele vínculo para a pessoa enlutada. Viver esse processo é, portanto, curador e o caminho para uma nova forma de viver essa relação.
A pessoa enlutada merece e precisa de apoio e aceitação para se permitir essa experiência. O luto não é para ser negado, sufocado ou anestesiado. É para ser vivido, expressado, acolhido e cuidado. Assim, são elementos essenciais ao processo de luto:
Apoio afetivo de pessoas próximas; Espaço de acolhimento e expressão; Apoio especializado quando necessário (médico, psicológico).
A vida é feita por ciclos que iniciam e findam. Estar consciente nesses processos é saudável. Que possamos, cada vez mais, integrar esse tema em nosso cotidiano, acolhendo o luto como parte essencial da vida. Que revela a grandeza do amor mediante a dor.
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