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Quem caminha em direção a si mesmo corre o risco do encontro consigo mesmo.



O espelho não mente. Os contos de fadas já mostram isso. Quem deseja trilhar o caminho do autoconhecimento deve compreender que não se trata de um processo fácil e indolor e que não vai encontrar nada além de si mesmo. A sua verdade, quem realmente é. Sem máscaras, sem glamour.


Mergulhar em si mesmo é estar preparado para (re)encontrar partes esquecidas, negadas e adormecidas, que escondemos de nós mesmos e do mundo. É um caminho que requer humildade e coragem.

Coragem para olhar as sombras que lá estarão a se revelar e humildade para acolhê-las. Coragem para se apropriar da luz que também possui e humildade para recebê-la.


Autoconhecimento não é sobre "entender" como funcionamos e traçar estratégias desenvolvimento. Trabalho interior é sobre suportar a própria escuridão, sobre integrá-la e depois disso, ser capaz de amá-la.


É sobre reconhecer as imperfeições, as falhas, os limites, as impossibilidades.... e depois amar essa humanidade reconhecida.


É caminho de honestidade, é reencontrar o pó que somos e encontrar nesse pó, nessa simplicidade, sentido para a vida.


Dói, sentimos vergonha, sentimos raiva, sentimos desamparo.... Até o momento que nos conectamos a uma força interior esquecida e que nos ajuda a voltar para o mundo mais autênticos: a força da essência.


Carl Jung, em uma pequena frase, disse muito: "esta vida não é sobre perfeição, é sobre plenitude." E o que pode proporcionar mais plenitude do que viver de forma autêntica?


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